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Contraventor acusado de homicídio é preso na Colômbia

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|  Foto: Foto: Divulgação MPRJ
Bernardo Bello é acusado de ser o autor intelectual da morte de Bid. Foto: Divulgação MPRJ

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), através da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), e a Interpol brasileira e colombiana prenderam, na noite de sexta-feira (28/01), Bernardo Bello, em Bogotá, na Colômbia, em cumprimento de decisão proferida pela Juíza de Direito Tula Mello, do I Tribunal do Júri da Capital.

Um dos principais contraventores do Rio de Janeiro, Bernardo foi denunciado pelo MPRJ por ser o autor intelectual do atentado praticado na madrugada de 25 de fevereiro de 2020, na Barra da Tijuca, que resultou na morte de Alcebíades Paes Garcia, vulgo 'Bid', seu rival na disputa por pontos da contravenção, quando ele voltava da Marquês de Sapucaí.

Além de Bernardo, denunciado na condição de mandante, foram denunciados e tiveram a prisão preventiva decretada, Leonardo Gouvêa da Silva (vulgo 'Mad') e seu irmão, Leandro Gouvêa da Silva ('Tonhão'). Integrantes do Escritório do Crime, eles, que estão presos em razão de operação deflagrada pelo GAECO/MPRJ, concorreram para a prática do crime desempenhando atividades indispensáveis para a execução de Bid, destacando-se a realização, pelo menos desde setembro de 2019, de intensa vigilância e monitoramento da vítima.

Seguranças contratados por Alcebíades para a ida ao sambódromo, Thyago Ivan da Silva e Carlos Diego da Costa Cabral, ambos presos neste sábado (29), no Rio, foram denunciados pelo MPRJ, respectivamente, pelo fornecimento de informações e localização da vítima e abandono de seu posto de vigilância.

Por sua vez, Wagner Dantas Alegre, segurança de Bernardo Bello, é apontado como autor dos disparos de arma de fogo (fuzil calibre 5,56) que alvejaram a vítima, lhe causando as graves lesões e o óbito. As equipes seguem nas ruas para cumprir o mandado de prisão de Wagner.

O MPRJ aponta que o homicídio foi praticado por motivo torpe, para eliminar possível concorrente pelo domínio dos pontos da contravenção do jogo do bicho e exploração de máquinas caça-níqueis na zona Sul e em parte da zona Norte do Rio.

Segundo o MPRJ, foi praticado de modo a resultar perigo comum, com o emprego de arma de fogo quando a vítima se encontrava no interior de veículo onde estavam outros passageiros e motorista, em região urbana densamente povoada, colocando em risco incontáveis pessoas.

Por fim, o MPRJ defende que o crime ocorreu mediante dissimulação, uma vez que dois denunciados lograram ser contratados como seguranças para integrar a escolta de Bid, que pensava estar protegido; e por emboscada, uma vez que a vítima foi brutalmente alvejada por dezenas de tiros de fuzil, sem qualquer chance de defesa, no exato momento em que desembarcava de uma van, por executor que já a guardava de modo velado no local. 

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